02/12/2012

Formação

Foi um fim-de-semana de trabalho intenso.
Os momentos de olhos bem abertos de surpresa foram aparecendo, como é natural, sem avisar.
Eles sabem. Tanto. E têm tanto para nos ensinar!

Surgem as questões interiores acerca de propósitos de vida, trabalho, cooperação.

Fomos pela primeira vez ao café/restaurante da D. Célia que está cá à mais de 40 anos. A primeira impressão não foi, também naturalmente aqui, agradável. Estávamos a precisar de conforto... que o comer estivesse pronto, que houvesse escolha, que a limpeza fosse aquela a que estamos habituadas nas nossas casa em Portugal (que snobe! Digo-o sem um pingo de ironia), que o gás não faltasse, que aos minutos que nos disse que íamos esperar não ia acrescentar uma hora...
A Dona Célia não podia ser mais simpática. Falou tanto connosco. Confesso que o que queria era comer e não estava com muita paciência (falta de humildade minha) para conversas. Disse-nos que Bafatá já tinha sido tão bonita... tinha tido estradas alcatroadas e a piscina que agora está abandonada junto ao rio era de um bonito clube. Parece que cada casa, tinha tido o seu caixote do lixo e que os postes de electricidade funcionavam e havia luz 24 horas por dia.

Agora estamos assim....
Num desabafo que se mistura com outro branco a entrar no café, percebe-se "25 de Abril...".

Nós estávamos cansadas... e parar de pensar não tem sido tarefa fácil.
Grande filme é este. E parece que começou muitos anos antes de nós nascermos. Ontem, quando caminhávamos na rua, chamaram-nos e pediram-nos os nossos sapatos. Há sempre algo de novo que nos surpreende. Quem consegue fazer não precisa de pedir. A satisfação do ter até será maior.... Pensamos e continuamos.

Fica a imagem, das mãos encruzilhadas... ainda desorganizadas, mas dadas. Foi tirada numa actividade que nos mostrou que mesmo depois de grande confusão com o esforço de todos é possível voltar a fazer o circulo perfeito.







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